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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Após fuga, secretário diz que pretensão é tirar policiais de presídios

Lima Júnior afirma que presença da PM em unidades prisionais é medida emergencial; apuração deve apontar condições da fuga

O secretário de Segurança Pública, coronel Lima Júnior, comentou, em entrevista à Gazetaweb nesta quarta-feira (13), a fuga de 12 reeducandos do Presídio de Segurança Máxima, registrada no último dia 8. Segundo ele, as condições da ocorrência estão sendo apuradas em conjunto com a Secretaria de Ressocialização. Contudo, ele afirma estudar, inclusive, a retirada da Polícia Militar das unidades prisionais de Alagoas. 
"Na apuração, iremos avaliar aquilo em que se falhou, para que, posteriormente, possamos apontar as diretrizes. Ainda não temos como avaliar se a fuga foi consequência de número de policiais insuficiente ou de corrupção. Se foi corrupção, vamos identificar o responsável e retirá-lo da polícia. Não vamos admitir desvio de conduta ou policial de conluio com bandido", assegurou.
Ele ressaltou, porém, que é necessária a conclusão da investigação para se saber o que de fato aconteceu na unidade prisional, onde os presos serraram grades para escapar. "Primeiramente, precisamos de uma investigação rigorosa para que não se cometa nenhuma injustiça e para que possamos identificar os pontos falhos", acrescentou.
Na oportunidade, Lima Júnior reforçou que o objetivo é tirar a Polícia Militar dos presídios. "A PM entrou no presídio em apoio ao trabalho da Ressocialização. Pretendemos tirar todos os policiais. Estamos ali numa situação de emergência. Trata-se de algo temporário. Portanto, a ideia é retirar todos", disse o secretário de Segurança Pública.
Após a fuga, uma varredura geral foi feita no presídio localizado em Maceió. A assessoria da Secretaria de Ressocialização, por sua vez, destacou ter tomado todas as medidas necessárias para recapturar os foragidos, com as buscas mobilizando agentes penitenciários e policiais civis e militares. 
Número de homicídios

E na mesma entrevista, o secretário comentou também o crescimento no número de homicídios em agosto, quando foram registradas 144 mortes violentas. O número voltou a crescer após dois anos estabilizado, conforme relatório divulgado pela própria Secretaria de Segurança Pública. 






No mesmo período dos anos de 2014 e 2015, foram 134 casos cada. Enquanto isso, de janeiro a agosto de 2016, Alagoas já soma 1.376 mortes violentas. Em Maceió, os números também evidenciam crescimento, com 46 homicídios tendo sido registrados somente no mês passado. 
"Tivemos, nos três primeiros meses, números muito altos, fruto do que está acontecendo no Brasil com esta guerra de facções. Temos trabalhado forte nas prisões de homicidas e na desarticulação de grupos criminosos. É isso que tem trazido resultados que ainda vão na contramão do País", disse Lima Júnior. 
Segundo ele, Maceió preocupa a SSP e, por isso, as operações estão sendo intensificadas. "Maceió preocupa e é onde temos intensificado. A capital tem uma grande população e é em Maceió onde observamos uma atuação mais forte das facções. Por isso é que as grandes operações estão na capital. Continuaremos combatendo o crime para que possamos estabilizar os números", emendou. 
Por fim, o titular da SSP afirmou, ainda, que as atividades de inteligência também vêm recebendo atenção especial. "A estratégia é combater o crime e intensificar as atividades de inteligência. O grande problema que se observa em Alagoas também é visto no Brasil. E ainda estamos bem se a situação de Alagoas for comparada a de outros estados", garantiu.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Desembargador abre sigilos à comissão que investiga denúncia

Acusado por advogada de vender sentença, Tutmés Airan defende que Justiça se reinvente para se aproximar da sociedade.
O desembargador Tutmés Airan declarou, em entrevista à Rádio Gazeta AM, na tarde desta terça-feira (12), que colocou à disposição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) seus dados bancários, telefônicos e fiscais na investigação que apura suposta venda de sentença. O desembargador destacou que ele é o maior interessado "na busca pela verdade", reforçando que não cometeu nenhuma irregularidade. Na mesma entrevista, ele defendeu também que o Poder Judiciário se reinvente, "tornando-se mais célere e próximo da sociedade".
À Rádio Gazeta, o desembargador falou sobre seus 31 anos de vida pública, revelando ter iniciado a carreira ainda em 1986, como defensor público. Ele ressaltou que a comissão criada para investigá-lo - formada por desembargadores do TJ/AL - já recebera sua manifestação acerca da quebra dos sigilos, a fim de comprovar que não recebeu nenhuma vantagem indevida. Sobre a acusação de que teria recebido advogados em seu gabinete, numa insinuação de que estaria a negociar sentenças, Tutmés assegurou a normalidade do procedimento. 
"As denúncias feitas por esta advogada são graves e merecem uma investigação. Eu sou o maior interessado em esclarecer isso de uma vez por todas", reforçou o desembargador, acrescentando que receber advogados nos gabinetes "é algo comum nos tribunais brasileiros". "Eles procuram os desembargadores para entregar um histórico do processo, algo comum nos tribunais. Neste caso em que estou sendo acusado, minha decisão foi acompanhada pelos demais desembargadores que compõem o colegiado", frisou Airan.
O caso

O CNJ solicitou ao Tribunal de Justiça de Alagoas que apure uma denúncia dando conta de que o desembargador Tutmés Airan teria cobrado um valor para julgar favorável recurso impetrado no TJ. o desembargador explicou que a acusação originou-se de ação de cobrança que pedia a condenação da Braskem ao pagamento de honorários advocatícios da advogada Adriana Mangabeira Wanderley.